14.8.07

Lambe-Lambe

Mário Quintana e um Lambe-Lambe (Liane Neves - Estado do RS)


Num domingo de tarde qualquer, fui passear pelo Parque da Redenção, em Porto Alegre. É um lugar agradável pra se caminhar um dia de sol, acompanhado ou não. Aproveitei pra comer algo que fazia uns dez ou quinze anos que não comia: um churros, com recheio de chocolate.


O maior atrativo para muitas pessoas, na Redenção, é o brick. Também é um prato cheio para quem caminha com uma câmera fotográfica pendurada no pescoço (que era o meu caso, entre muitos). Há stands com diversas "miudezas", como diria minha avó, além de pessoas fazendo performances, como a das estátuas vivas.


Foto de Yul Barbosa


Mas, o que realmente me chamou a atenção foi a presença de um lambe-lambe. O lambe-lambe era uma presença comum até idos dos anos 80. Com a constante disponibilização de câmeras cada vez mais portáteis e tecnológicas, foi diminuindo sua presença em praças públicas, pois já não é mais necessário a intermediação de um fotografo instantâneo para se ter a lembrança de um passeio. Hoje, é comum vermos uma família de quatro pessoas, em que cada uma delas possui uma câmera digital, seja uma compacta, DSLR ou um celular imbuído de câmera-mp3-filmadora-rádio-etc. E. logo em seguida, as fotos batidas estarão disponíveis em algum fotolog, blog ou flickr na Internet.


Mas, mesmo com toda a tecnologia, ainda existem alguns profissionais atuando no mercado. Não sei o número exato de lambe-lambes em Porto Alegre, mas não deve passar os dez. De acordo com o site O Foco, atualmente muitos profissionais utilizam-se da fachada da "câmera antiga" para chamarem os clientes, e fazerem fotos em câmeras 35mm. Não sei se é o caso dos que atuam em Porto Alegre.


Deste jeito, teremos, em pouco tempo, muitos "lambe-lambes" (sim, entre aspas) trabalhando com uma digital e uma impressora colorida na Redenção (hum, o que não seria uma má ideia).





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